Informações pessoais Informações Pessoais
Ciência e Tecnologia Ciência e Tecnologia
Embarcadero Delphi Delphi
Para Sua Ãrea Profissional Área Profissional

CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Alexander Page - Ciência - Sindrome do Pânico

Conheça a Síndrome do Pânico
É cada vez maior o número de pessoas coma doença


A Síndrome do Pânico ataca sem aviso prévio. As pessoas são tomadas por uma sensação de terror e mal-estar, muitas vezes chegando a crer que vão morrer em poucos instantes. Não há como prever quando ou como um ataque de pânico vai ocorrer. Muitas pessoas acabam desenvolvendo ansiedade entre os episódios, preocupadas com a possibilidade de um novo ataque.

Os principais sintomas de um ataque são a alteração do ritmo do coração, que dispara, suor intenso, fraqueza, desmaio ou tontura. As mãos podem começar a tremer ou ficar sem força. Dor no peito, que muitas vezes é confundida com um ataque cardíaco, pode vir acompanhada de uma sensação de estar fora da realidade.

O que melhor define os sintomas, porém, é a sensação de morte súbita e medo intenso, como se a pessoa estivesse prestes a perder o controle de tudo. Os ataques podem ocorrer a qualquer momento do dia, inclusive durante o sono e mesmo quando não se está sonhando. Na maioria da vezes eles têm duração de até dois minutos, podendo chegar a dez minutos em alguns casos e, raramente, se prolongar por até uma hora.

O quadro atinge entre 1% e 5% da população e é duas vezes mais freqüente em mulheres. Pode ter início em qualquer idade, mas é mais comum em adultos jovens, entre 20 e 30 anos. Nem todo mundo que tem um ataque de pânico vai desenvolver a Síndrome do Pânico. Muitas pessoas apresentam esses sintomas uma vez e eles nunca mais voltam a aparecer. É muito importante que se procure rapidamente por tratamento, já que, com o tempo, a doença pode se tornar muito debilitante.


Os ataques de pânico muitas vezes são acompanhados por depressão e alcoolismo, podendo também desenvolver quadros fóbicos, principalmente em relação a situações ou locais onde tenham ocorrido.  Por exemplo, um ataque dentro do elevador pode fazer com que a pessoa passe a evitá-los. Sair desacompanhado de casa ou freqüentar locais muito abertos ou de onde é difícil sair torna-se um martírio.

O tratamento é realizado por médicos psiquiatras e apresenta resultados muito animadores. Utilizam-se dois tipos de tratamento. O mais comum é o uso de medicação antidepressiva. Outra alternativa é a terapia cognitiva-comportamental, em que o paciente é exposto gradativamente a situações de ansiedade e medo, tornando-se, aos poucos, habituados a elas. Muitos profissionais utilizam os dois métodos em conjunto. Seja qual for o escolhido, uma melhora importante só é notada no período de 6 a 8 semanas.

por: Ricardo Baccarelli Carvalho, 28,  médico

(fonte: Corpo & Saúde)




Síndrome do pânico atinge 3% da população mundial


Pelo menos 3% da população mundial sofre de síndrome do pânico, doença de fundo psicológico caracterizada por ataques repentinos de ansiedade e nervosismo causados por um distúrbio dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina. O problema é que, na maioria das vezes, as pessoas não sabem que tem a doença, nem como tratá-la.

A psicoterapeuta Rosana Laiza, presidente da associação, afirma que há grande falta de informação sobre o assunto e, muitas vezes, diagnósticos errados, além do comportamento inadequado dos familiares frente aos pacientes.

Segundo ela, a doença pode atingir um estágio grave, em que a pessoa não consegue nem mais sair de casa. Rosana diz que o grupo mais propenso a adquirir síndrome do pânico é o de pessoas que trabalham muito (workaholic), com tendência ao perfeccionismo, que não se permitem falhar em nenhum aspecto.

Durante a crise, que pode durar de cinco minutos a meia hora, o organismo se prepara para enfrentar uma situação de extremo perigo que, no entanto, não existe. Há o medo de morrer ou de enlouquecer, descontrole emocional, taquicardia, falta de ar, vertigem e sufocamento. Segundo a psicoterapeuta, a doença pode ser curada com uma combinação de remédios e psicoterapia.

(Época Online / Diário de S.Paulo - 12/12/2002)